tag:blogger.com,1999:blog-3116280098221668264.post1798085017957355089..comments2022-10-04T13:11:06.296+01:00Comments on MUSING ON CULTURE: "Vão é trabalhar!", dizem eles...Maria Vlachouhttp://www.blogger.com/profile/00554995071039470430noreply@blogger.comBlogger2125tag:blogger.com,1999:blog-3116280098221668264.post-14324984014453938462010-11-28T20:09:53.217+00:002010-11-28T20:09:53.217+00:00Cara Patrícia, obrigada pelo seu comentário. Se co...Cara Patrícia, obrigada pelo seu comentário. Se consultar alguns dos posts anteriores, relativos aos apoios na área da cultura, verá que partilhamos algumas preocupações relativamente a forma como os mesmos são atribuídos. Sem pedir nada em troca, sem estabelecer objectivos, sem ter uma visão para um desenvolvimento sustentável de todos, pequenos e grandes, conhecidos e menos conhecidos. <br /><br />No entanto, o propósito deste post era outro. Questionei a forma como os cortes, aqui e noutros países, são um pretexto para, muitas vezes sob anonimato, serem atacados os artistas, para ser posta em causa a seriedade, qualidade e "utilidade" do seu trabalho. Questionei ainda a falta de investimento em marketing institucional e a falta de profissionais na área da comunicação, para se poder trabalhar melhor, de forma estruturada e consistente, a "imagem" de companhias, instituições e artistas junto do público em geral e dos mais cépticos quanto ao valor da cultura. Tal como, acrescento agora, faltam os profissionais na área do "fundraising", que têm o "know how" necessário para o desempenho desta tarefa hercúlea,num país onde os apoios privados e individuais à cultura estão longe de ser uma tradição. Mas se queremos mesmo investir melhor o pouco dinheiro do Estado, temos que começar por algures.Maria Vlachouhttps://www.blogger.com/profile/00554995071039470430noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-3116280098221668264.post-74368276857492448002010-11-28T14:29:50.827+00:002010-11-28T14:29:50.827+00:00O senhor Cintra, cujos incontáveis méritos duvido ...O senhor Cintra, cujos incontáveis méritos duvido mas não discuto, deveria ter, como muitos outros, ajuda durante um período determinado, no sentido de encontrar formas de sustentar a sua companhia. Esses apoios, deveriam ser progressivamente reduzidos, na medida em que ou a companhia se sustentava no mercado, ou não se sustentava e aí teríamos um processo de selecção natural. Seria triste para quem venera o senhor Cintra. <br /><br />Como de resto, é triste actualmente ver criadores de todas as áreas — com qualidade artística superior à do senhor Cintra — lutar apenas pela possibilidade de existir, ou tendo que fazer concessões no seu trabalho para criar, como diz o credor, "produtos que se possam vender".<br /><br />Se à luz de diversos critérios o trabalho do senhor Cintra é merecedor de apoios, só aceito que o seja até certo ponto: o ponto em que a companhia aprende a sustentar-se. Se não aprende ou não quer, já é um problema dela.<br /><br />Os recursos em Portugal são escassos e finitos! Não é admissível que alguém durante anos a fio encaixe tal volume de dinheiros públicos, achando que é um dever dos contribuintes pagar-lhe. Em rigor, o senhor Cintra não 100% vive do seu trabalho, como a grande maioria dos criadores em todo o mundo: vive em grande parte do trabalho dos contribuintes que através dos seus impostos lhe pagam as suas coisas.<br /><br />Minha cara Maria: se está ligada ao sector cultural, sabe tão bem como eu que há muitos criadores que se tivessem a falta de vergonha de sacar dinheiros públicos para se sustentarem, fariam — alguns deles — coisas fabulosas. Muito mais fabulosas do que as que faz o senhor Cintra.Patrícia Serranonoreply@blogger.com