Apesar do montão de livros, artigos, revistas e relatórios que está na minha mesa, esta semana não li nada. Foi uma longa pausa. Mas pensei em muitas coisas. Pensei em particular em porque é que as coisas não acontecem. Não acontecem como as enunciamos, não acontecem como as planeamos, não acontecem como as queremos, não acontecem como deviam, não acontecem como seria correcto acontecerem.
Nestes últimos dias ouvi discursos, assisti a comunicações, conversei com amigos, colegas, conhecidos. Parece que quando falamos dizemos as coisas certas, acreditamos nelas com convicção, parece que estamos a apenas um passo de as concretizar.
Mas não acontecem. A distância entre o pensar/dizer e o fazer parece ser enorme. Porquê? Somos melhores nas palavras do que nas acções? Estamos apenas a proferi-las, a repeti-las até à exaustão, porque soam bem, porque são as coisas certas de dizer, mas não temos capacidade de passar da teoria à prática? Ou será que não temos um interesse real em que aconteçam? Que não estamos suficientemente empenhados? Que não sabemos planear, estabelecer prioridades, avançar passo a passo? Mas… avançar.
Ideias e práticas já velhas são apresentadas como uma novidade, como a última descoberta. Não o são. São uma realidade noutros países, noutros meios, há muito. Porque é que demoramos tanto a aceitá-las e a pô-las em prática? Resistência ao novo? Ritmos diferentes? Condições diferentes? Ou simplesmente conformismo?
Algo falta, é certo. Conhecimentos, capacidade, determinação, profissionalismo, organização, planeamento, sinceridade? Ou simplesmente visão?
Nestes últimos dias ouvi discursos, assisti a comunicações, conversei com amigos, colegas, conhecidos. Parece que quando falamos dizemos as coisas certas, acreditamos nelas com convicção, parece que estamos a apenas um passo de as concretizar.
Mas não acontecem. A distância entre o pensar/dizer e o fazer parece ser enorme. Porquê? Somos melhores nas palavras do que nas acções? Estamos apenas a proferi-las, a repeti-las até à exaustão, porque soam bem, porque são as coisas certas de dizer, mas não temos capacidade de passar da teoria à prática? Ou será que não temos um interesse real em que aconteçam? Que não estamos suficientemente empenhados? Que não sabemos planear, estabelecer prioridades, avançar passo a passo? Mas… avançar.
Ideias e práticas já velhas são apresentadas como uma novidade, como a última descoberta. Não o são. São uma realidade noutros países, noutros meios, há muito. Porque é que demoramos tanto a aceitá-las e a pô-las em prática? Resistência ao novo? Ritmos diferentes? Condições diferentes? Ou simplesmente conformismo?
Algo falta, é certo. Conhecimentos, capacidade, determinação, profissionalismo, organização, planeamento, sinceridade? Ou simplesmente visão?
6 comments:
Querida Maria,
Pode parecer tendencioso... mas tenho novamente de partilhar este post! Obrigada por nos espicaçar. Aqui me tem (incansável) para o que der e vier. Um beijo.
Inércia...? Forças de bloqueio como os interesses instalados...? Temo que os motivos, sejam eles quais forem, se prendam com aspectos endémicos ou de ordem crónica da sociedade e da cultura portuguesa...
Por isso, o papel da Maria, nomeadamente através deste blog, assume uma importância especial. O seu exemplo, como o doutras pessoas de excepção, é um verdadeiro estímulo a fazer mais e sobretudo melhor, uma motivação para pensar, questionar, conhecer e agir.
Obrigada!
Obrigada eu, Raquel e Madalena. É bom ter feedback.
A burocracia ainda é reinante. É a aprovação que falta, o "reinado" que se sente ameaçado. Também se dá o caso de as pessoas terem um verdadeiro pavor de "falhar" (seja lá o que isso quer dizer) e preferem ficar paradas. Depois aquelas pessoas que desejam passar das palavras aos actos são sempre uma minoria.
Mesmo em low ou zero budget é possível montar iniciativas interessantes.
Obrigada, Mário. Tem muita razão quanto ao medo de falhar. Mas pergunto: porque é que não sabemos apoiar aqueles que ultrapassam este medo e que avançam? Porque é que não nos juntamos a eles?
O mesmo medo nos tolhe, é preciso coragem e infelizmente na maioria das vezes não a encontramos.
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