Algumas semanas atrás, encontrei uma campanha publicitária
da Folkoperan (Estocolmo, Suécia) chamada “Broccoli vs. Opera”. A ideia
por trás é que a única coisa que as crianças detestam mais do que a
ópera são os brócolos. Assim, quando tiverem que escolher entre os dois... irão
optar pelo mal menor.
A campanha irritou-me. As suas suposições preconceituosas irritaram-me.
O modo como vários profissionais no mundo da música clássica evitam abordar as
barreiras reais, muitas das quais criadas pelos próprios, incomoda-me. Lembram-se
de “Classical Cannabis: the high note series”, promovida pela Colorado Symphony Orchestra em 2014? Esse
tipo de coisa... Tudo, menos tentar compreender melhor o que mantém as pessoas,
de todas as idades, afastadas. Talvez porque uma melhor compreensão exija acção;
e mudança.