Foto: Jon Nazca/Reuters (imagem retirada do Guardian) |
Acontecimentos recentes fizeram-me voltar a um
post que escrevi em 2014 referindo-me à arquitecta Zaha Hadid.
Quando questionada
pelo Guardian sobre as mortes de trabalhadores migrantes na
construção do estádio que ela projectou para o Mundial de Futebol 2022 no Quatar,
Hadid respondeu:
“Não tenho nada a ver com os trabalhadores. Acho que esta é
uma questão da qual o governo - se houver um problema - deveria tratar. (...)
Não posso fazer nada porque não tenho poder para fazer nada.”
Naquela altura, havia já mais de 500 mortes de trabalhadores migrantes indianos e 382 nepaleses. Hoje, contamos com mais de 6.500 mortes de trabalhadores migrantes desde que o Quatar ganhou a candidatura em 2010. Em Fevereiro deste ano, um clube de futebol norueguês considerou que tinha algo a ver com isso e que tinha algum poder para fazer algo.