Exposição "Retornar - Traços de Memória", Padrão dos Descobrimentos, 2015 (Foto: Maria Vlahou) |
Sou portuguesa por adopção. Quando cheguei a Portugal, em 1995, a única coisa que sabia sobre a história do país tinha a ver com os Descobrimentos (dos caminhos marítimos e das especiarias, ensinada no meu país no 7º ou 8º ano). O resto fui/vou “descobrindo” ao longo dos anos (mesmo no que diz respeito aos Descobrimentos e para além dos caminhos marítimos e das especiarias). A história que me ensinaram na escola era, como é habitual, apenas uma parte.
“Negar a Descoberta ou o Descobrimento não é o mesmo que afirmar que o átomo nunca foi descoberto por Alguém, devido à errada ideia de ter sempre existido?”, questionava o nosso colega Pedro Manuel-Cardoso num texto partilhado na lista Museum. “A existência de uma Coisa não lhe confere a propriedade de Descoberta/Descobrimento. A Descoberta e o Descobrimento exigem à Coisa muito mais do que apenas Ser. Essa não é a diferença entre a matéria inerte e a matéria viva?”.
Durante
algum tempo, as críticas relacionadas com o uso da palavra “Descobrimentos”,
como referência à expansão portuguesa, deixavam-me perplexa. Se encontro algo
que antes não conhecia, não posso dizer “descobri”? Sem arrogância, sem
triunfalismos, com a simples intenção de transmitir que já não ignorava
determinada existência? Ao longo dos anos, atenta a mais vozes, “descobri” que
a diferença está mesmo ali: na arrogância e no discurso triunfal de uma Europa
que se considera o centro do mundo, que afirma tê-lo descoberto e que tem a
tendência de excluir da narrativa algumas das consequências vividas nos séculos
que se seguiram à descoberta e até aos nossos dias. Este questionamento voltou
agora, com o debate que se tem produzido em relação ao “Museu das Descobertas”,
proposto pela Câmara Municipal de Lisboa.
Dois pontos prévios
Em relação a esta proposta, gostaria de dizer
duas coisas:
Primeiro, a ideia de haver mais uma museu sem
condições para desempenhar as suas funções aflige-me. Quando digo “sem
condições para desempenhar as suas funções” refiro-me sobretudo a um museu
incapaz de se tornar relevante para as comunidades em que se insere e para os
seus visitantes; incapaz de apresentar um pensamento político e de assumir o
seu papel social; um museu que se limita a descrever os objectos expostos e a
colocar ensaios académicos nas paredes - sendo na teoria um lugar “para todos”,
mas, na prática, mantendo-se como um espaço exclusivo, para alguns. Gostei
da forma como o nosso colega Pedro Pereira Leite colocou esta questão ontem,
numa nota na
lista Museum: “A força da narrativa dum museus não está na abordagem do
passado. Está em ele ser capaz de falar sobre o presente. Se assim não for, com
mais ou menos tecnologia, com mais ou menos virtuosidade da sua museália, com
mais ou menos milhões, é um museu moribundo. E como sabemos, um museu que não
serve para a vida não serve para nada.” O país, e o
mundo, não precisam de mais museus moribundos, muito menos se a intenção é
abordar uma história tão sensível, tão multifacetada como esta; como todas as
histórias, aliás. Investigadores especializados na história do império
português e cientistas sociais, que assinam uma carta aberta contra o uso do nome “Museu
das Descobertas” para um museu dedicado à expansão portuguesa, dão como exemplo
o Museu Afro-Brasil. No meu ver, é, precisamente,
este o género de museu em que não se deve investir mais: um livro na parede,
uma museografia confusa, imensos objectos bonitos e curiosos sobre os quais não
se diz nada e uma história tão importante para aquele país e para o mundo que
fica por contar (algumas imagens da minha visita). Em
Portugal também não faltam museus deste género.
Segundo, quando digo “sem condições para
desempenhar as suas funções” refiro-me igualmente, e inevitavelmente, às
condições financeiras e humanas da grande maioria dos museus portugueses. No
contexto em que vivemos e em que trabalhamos, surpreende a contínua vontade de
criar mais museus, quando há tanto para fazer com os que se tem e quando não
faltam os exemplos dos que ficaram sem sustento depois de se cortar a fita na
inauguração. Penso que este poderá ser um ponto sobre o qual haverá consenso
entre os profissionais dos museus: dignificar e reforçar o que já temos,
construir uma política realista e duradoura para os museus, com respeito pelos
acervos que preservam e pelos profissionais que neles trabalham, seria uma
melhor opção no nosso contexto político-social-financeiro do que pensar em
novos equipamentos. Por exemplo, lembro-me que quando cheguei a Portugal fiquei
a pensar porque é que a história dos Descobrimentos não era uma história
contada – bem contada, com as condições necessárias - pelo Museu de Marinha.
Aliás, vi, precisamente, uma das melhores apresentações desta história num
museu catalão, o Museu Marítimo de Barcelona, em 2001, antes da sua
remodelação. Era uma parte pequena da exposição daquele museu, mas bem-feita.
"Um Museu Vivo de Memórias Pequenas e Esquecidas", Joana Craveiro / Teatro do Vestido (Foto: João Tuna, retirada do BUALA) |
Feitos estes dois pontos prévios, vamos supor
que vivemos num outro mundo e que o novo museu tenha condições para desempenhar
todas as suas funções. Seria necessário debatermos, de qualquer forma, a sua pertinência,
o seu nome, o acervo e a narrativa.
1. Pertinência
A vontade da Câmara Municipal de Lisboa de
criar o Museu das Descobertas, pode estar relacionada apenas com o boom turístico, uma forma de contribuir
de forma rentável para a oferta turística da cidade. Se assim for, é uma opção pouco
prudente e pouco interessante. Se assim for, desconfio que se vai optar pela
narrativa glorificante, pela celebração do encontro das culturas e que não se
vai tocar em assuntos sensíveis, dolorosos, complexos, actuais, para não
estragar as férias a ninguém.
Se houver, no entanto, uma verdadeira consciência
de que esta sociedade exige, em parte, e precisa, no geral, de olhar para si
própria no século XXI, de lidar com as coisas (boas e más) do seu passado, de
entender a forma como essas se reflectem e afectam o seu presente e de imaginar
o seu futuro, este poderia ser um museu necessário. Considerando o lugar que a
história dos Descobrimentos (da expansão portuguesa) tem para este país, para
os seus cidadãos, para a construção da sua identidade; e considerando ainda , tratar-se
de uma história hoje considerada controversa e multifacetada, que diz respeito não
apenas aos Portugueses mas ao nosso mundo globalizado, este museu faria sentido.
2. O nome (associado também a conteúdos)
Vamos continuar, supondo que o propósito
desse novo museu será o segundo, que é o que faria sentido hoje. Qual o nome
que deverá ter? O que chamar a um museu que assumirá a responsabilidade de
falar da expansão e das descobertas, do encontro e do confronto de culturas, do
colonialismo, da escravatura, do pós-colonaliasmo, da nossa sociedade híbrida,
do racismo? Partilho de todas as preocupações expressas na carta aberta
anteriormente referida assinada pelos académicos. É também devido a essas preocupações
que considero que nomes que soam a eufemismos, poéticos, metafóricos,
românticos, pouco precisos, não seriam adequados, não dariam resposta ao que se
pretende; isto é, se a intenção for de uma abordagem museológica no século XXI,
que irá integrar as diversas vozes que pretendem ser ouvidas nesta matéria e
promover o pensamento crítico sobre esta longa e complexa história. Assim, as
propostas dos nossos colegas Matilde de Sousa Franco (de um “Museu da
Interculturalidade de Origem Portuguesa”) e Luís Raposo (de um “Museu da
Viagem”) encontram-me em desacordo.
Pedro Pereira Leite, numa outra nota que partilhou recentemente na lista Museum, dizia: “Tenho ideia
que Matilde de Sousa Franco, tem desde sempre vindo a defender a ideia do tal
museu da interculturalidade ou da celebração do ‘encontro de culturas’ tal como
a elite intelectual portuguesa gosta de se referir à tragédia colonial e
pós-colonial portuguesa.” E é mesmo esta a sensação que o artigo publicado no Observador transmite. Conhecemos o percurso da nossa colega e não há
dúvida que é uma pessoa com conhecimentos e experiência nestas matérias, que as
suas opiniões estão muito bem fundamentadas. No entanto, não deixa de transmitir
alguma falta de empatia perante as outras versões desta história. Mesmo quando
partilha do questionamento relativo ao uso da palavra
“descobrimentos/descobertas” e reconhece que “há pessoas que não gostam”, este
é um pequeno apontamento, que serve apenas para dedicar mais espaço ainda à
defesa da alternativa da “interculturalidade”. E esta
interculturalidade concretiza-se em exemplos como a linguística, a música, a
botânica ou a culinária. Diz-se ainda que o que se pretende é criar um bem
fundamentado Museu da Interculturalidade de Origem Portuguesa “de forma prática,
aliciantemente pedagógica, e divertida (...)”. Fala-se deste museu como “solução
para sarar as referidas feridas reabertas, as quais correm o risco de causar
temíveis gangrenas se não as tratarmos de imediato, com sabedoria e diplomacia.”
Não se concretiza, no entanto, a forma como se vai abordar neste museu os
aspectos da história que muitos vêem como uma tragédia, cujas consequências
ainda hoje muitos sentem na pele, as tais feridas. Considero que não é esta a
abordagem adequada para o que se sente como o apelo de parte da sociedade
lisboeta e portuguesa hoje em dia, em especial daquela que tem sido silenciada,
porque não ouvida. Esta não é uma história apenas divertida. É também
controversa, dolorosa e muito actual. A paz nunca virá com uma imposição de
felicidade e consenso, apenas com a celebração do que nos une. No seu
posicionamento inicial, na apresentação da sua visão global, Matilde de Sousa
Franco aponta para uma abordagem museológica contemporânea. No entanto, não é
isto que emerge quando procura concretizar as suas ideias.
"Libertação", André Amálio / Hotel Europa (Foto: Bruno Simão, retirada do jornal Público) |
Luís Raposo reflecte num artigo no Público sobre
as várias propostas avançadas em relação ao nome a dar a este museu e
relembra-nos aquela que é a sua: Museu da Viagem. Considerando, lembro, que o
que está em causa é a criação de um museu que conte a história da expansão
portuguesa e do que ela traz, de bom e de mau, aos nossos dias, concordo com a
sua análise em relação ao termo “descobrimentos”, e ainda com o que diz sobre
os propostos museus “da interculturalidade”, “da emigração” e “da língua”. Considero,
no entanto, que a sua proposta, “da viagem”, poderá ser alvo precisamente do
mesmo tipo de crítica. Trata-se de nomes metafóricos e eufemísticos, e os seus
conteúdos também o serão. Estarão a contornar a questão principal, sem abordar
o seu cerne. Penso que não darão resposta ao já referido apelo que se sente na
sociedade.
Considerando que esta história também não é apenas a do
colonialismo e da escravatura, e que “expansão” não será um termo claro para
muitos, ou mesmo aceite, a minha sugestão seria assumir o termo “Descobertas”.
Com todas as conotações que teve no passado e que tem hoje em dia, com todas as
reacções e críticas que provoca. É um termo claro para portugueses e
estrangeiros, é assim que ainda se ensina nas escolas de vários países, permite
entender de forma imediata qual o “objecto” do museu, e, muito sinceramente,
não consigo pensar num lugar melhor do que o “Museu das Descobertas” para se
questionar o próprio termo e poder acompanhar a evolução do nosso pensamento em
torno de todas as questões que este engloba. Daqui a 15-20 anos, se o museu e
todo o sistema à sua volta forem eficazes, poderá pensar-se num rebranding.
3. Conteúdos e narrativas
Passando para a parte dos conteúdos e das
narrativas, Matilde de Sousa Franco e Luís Raposo deram-nos nos seus artigos
ampla matéria para pensar. Fizeram propostas pertinentes e relevantes, mas,
conforme já referi, parciais, considerando o propósito enunciado para este
museu. António Filipe Pimentel, director do Museu de Arte Antiga, partilhou
também a sua opinião num post no Facebook. Levantou questões concretas em relação ao acervo do futuro
museu, aproveitando também para se referir ao contexto político e financeiro em
que os museus em Portugal operam. No entanto, após estes pontos introdutórios,
parece ter apenas um objectivo: aproveitar este momento como mais uma
oportunidade para apresentar a narrativa do “primeiro museu”, da marca MNAA e
do seu contributo para a marca Portugal, afirmando que o País é colocado, por
via do MNAA, no mundo. Esta é uma estratégia, do meu ponto de vista, duvidosa e
que leva neste momento a afirmações excessivas.
Mais concretamente, o que mais importa
questionar no contexto da proposta para o novo museu é a afirmação que “é o
acervo do Museu Nacional de Arte Antiga que integra, por natureza, material de
sobra - para não dizer indispensável - para museografar, com dignidade e
pertinência, os Descobrimentos/Viagem/Interculturalidade.” Não há dúvida que o
MNAA tem material que pode contribuir para contar a história que o novo museu parece
ter intenção de contar. Mas seria só uma pequena parte e contada através de
objectos de arte. No entanto, esta história é muito mais do que arte antiga,
pelo que a intenção do director do MNAA de a consignar ao domínio de
conhecimento e à missão do seu museu parece estranha e exagerada. Ainda mais, quando
o MNAA, e museus como o MNAA, não têm demonstrado interesse ou capacidade para
interpretar as suas colecções sob um ponto de vista socio-político, além do
âmbito da história de arte, tornando-os interessantes e relevantes também para
quem não visita museus apenas para apreciar a arte.
Como imagino o Museu das Descobertas?
"Moçambique", mala voadora (Foto: Leonardo Lima Festival de Curitiba) |
Isto deve reflectir-se
também nas experiências, memórias, conhecimentos, origens, género e cor de pele
dos membros da equipa que se vai constituir. E quem vai dirigir este “coro”
deve ser alguém com capacidade de sentir empatia e de se preocupar com as necessidades
de pessoas diversas (equipa e visitantes); alguém com conhecimentos
técnicos/científicos sólidos, mas também curioso, disposto a aprender, humilde,
sem medo do contraditório e do diálogo e ainda capaz de entender que isto é
sobretudo uma história humana (não o são todas?); alguém cuja vontade de
comunicar, partilhar, contribuir para a promoção do conhecimento e do debate
dentro da sociedade – e, por essa via, para a promoção da justiça social - seja
sincera, consciente. Parece uma super-pessoa? Podemos olhar para o trabalho de
David Fleming nos National Museums Liverpool (que incluem o premiado
International Slavery Museum), de Anne Pasternak no Brooklyn Museum ou de Maria
Balshaw, primeiro na Whitworth Art Gallery (Manchester) e agora na TATE. São
bons exemplos, reais.
Nota - Depois da publicação deste post, foi ainda publicado:
- Maria Isabel Roque, Museu que nasce torto
- Miguel Sousa Tavares, O esplendor do politicamente idiota
- Paulo Jorge de Sousa Pinto, Voando sobre um ninho de corvos
- Pedro Lains, Nem descobrimentos, nem expansão
- Conversas à Quinta, Que museu gostava de ver? Que tal das Descobertas? (entrevista com Jaime Gama)
- Alexandre Matos, Museu das Descobertas - um pequeno contributo
- Rui Gomes Coelho, Nem padre, nem guarda, nem museu
- José Cabrita Saraiva, O polémico Museu-Fantasma dos Descobrimentos (entrevista com João Paulo Oliveira e Costa)
- Ângela Barreto Xavier, Descobertas: uma palavra pequena
- Raquel Henriques da Silva, Do Museu das Descobertas a uma Casa do Mundo
- Beatriz Gomes Dias, Por um memorial de homenagem às pessoas escravizadas
- António Costa, É preciso descolonizar os Descobrimentos
- Rui Tavares, E perguntar ao museu o seu nome?
- Diogo Ramada Curto, O atraso em que nos encontramos na História da Escravatura impressiona
- Lucinda Canelas, É sempre da escravatura que estamos a falar? (entrevista ao sociólogo moçambicano Elísio Macamo, à historiadora brasileira Martha Abreu, à presidente da Djass - Associação de Afrodescedentes Beatriz Gomes Dias, e ao director do MNAA António Filipe Pimentel)
- António Pinto Ribeiro, O impossível museu
- Carta aberta: Agentes culturais contra a designação e missão do "Museu da Descoberta" da Câmara Municipal de Lisboa
- LUSA, Eduardo Lourenço não vê necessidade de "crucificar" passado português (entrevista)
- Pedro Manuel-Cardoso, Museu da História de Portugal e Museu dos Descobrimentos Portugueses. Porquê?
- Maria de Lurdes Rodrigues, Descobertas ou Colonialismo?
- Pedro Schacht, Poesia Épica. História Única. Dissonância
- Pedro Schacht, Regressos (in)desejados: legados coloniais, racismo institucional, descobrimentos
- Pedro Schacht, É preciso ter lata
- João Pedro George, Museu da Praia
- Patrícia Martins Marcos, O magnânimo museu da mitologia colonial
- João Miguel Tavares, O museu da culpa do homem branco
- José Sarmento Matos, Roteiros de Viagem
- Carta aberta: Não a um museu contra nós!
- Afonso Ramos, Filipe II também mandou usar a palavra Descobrimentos
- Fernanda Câncio, O descobrimento de Portugal
- João Pedro Marques, Negros e Brancos
- Manuel Carvalho, O duro fardo de ser português
- Luís Raposo, Descobrimentos, Radicalismos e Museu
- Que História(s) contamos no espaço público?, Debate promovido pela Djass - Associação de Afrodescendentes no Museu do Aljube em Lisboa a 23 de Junho de 2018
- Guilherme Valente, Um documento racista
- Cláudia Silva, O legado da escravatura e as narrativas de Lisboa
- Pedro Schacht, No Museu do Anacronismo Narcisista Português
- Francisco Seixas da Costa, Descobertas, claro!
- António Sousa Ribeiro, "Descobertas", Colonialidades da Memória
- Visão, Não podemos afirmar que os europeus descobriram o resto do mundo. Dizê-lo significa aceitar que aqueles povos não são nossos iguais (entrevista a Nicholas Mirzoeff)
- Alexandra Prado Coelho, Quando foi a última vez que pensou na letra do hino nacional?
- Manuel Loff, O "homem branco autoflagelado"
- Rui Gomes Coelho, No museu das palmadinhas nas costas
- Camilo Soldado, Portugal ainda resiste a olhar para o seu passado de forma desassombrada e crítica (entrevista a Miguel Cardina e Bruno Sena Martins)
- Luís Reis Torgal, Esta palavra "Descobrimentos"
- José Cabrita Saraiva, Antes dos descobrimentos nenhum ser humano sabia como era o planeta (entrevista com o historiador João Paulo Oliveira e Costa)
- Sem vergonha do passado, António Borges Coelho defende Museu da Expansão Portuguesa
- António Barreto, Três museus
Bairro Padre Cruz, Lisboa (Foto: Maria Vlachou) |
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